quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Os melhores e piores investimentos de 2010


O ano de 2010 foi marcado pela escalada da inflação, pelas eleições e pela insegurança em relação à recuperação econômica dos países desenvolvidos. Diante desse cenário, muitos investidores procuraram proteger seus investimentos em aplicações como o ouro e a renda fixa, ao mesmo tempo em que a bolsa amargou perdas.

No Brasil, os investimentos que conseguiram superar a inflação foram os títulos de renda fixa atrelados ao IPCA (Tesouro Direto – NTN-B), que deve fechar o ano em 5,8%, ou aqueles ligados ao CDI (Tesouro Direto – LFT). Para conter a economia aquecida, o Banco Central elevou os juros de 8,75% para 10,75% ao longo do ano, tendência que deve continuar em 2011. A poupança, por sua vez, quase não conseguirá superar a inflação, mas fechará o ano sem perdas reais.

A bolsa de valores, baseado apenas pelo Ibovespa, não foi um bom investimento, visto que vai encerrar o ano com rentabilidade nula. O principal motivo é o forte peso das Blue Chips no índice (Ações com maior volume de negócios na Bolsa) que tiveram fraco desempenho no ano. A principal ação do índice, a Petrobras, esteve envolvida em incertezas sobre a capitalização, tendo conseqüente desvalorização de mais de 30% nos papéis da estatal.

Por outro lado, quem investiu nas ações dos principais setores que estão em alta na economia brasileira, se deu muito bem. Os 3 setores que tiveram ações com melhor desempenho (considerando as 5 principais empresas de cada setor), conforme a classificação setorial da Bovespa foram:

  1. Tecido, Vestuário e Calçado = Retorno médio de 97% no ano.
    • Empresas da amostra: Lojas Renner, Guararapes, Lojas Marisa, Cia Hering e Alpargatas.
  2. Material Aeronáutico e rodoviário = Retorno médio de 67% no ano.
    • Empresas da amostra: Embraer, Marcopolo, Randon, IOCHP-Maxion e Metal Leve.
  3. Medicamentos e serviços de saúde = Retorno médio de 52% no ano.
    • Empresas da amostra: Amil, DASA, Odontoprev, Fleury e Cremer.

Contudo vale reconhecer que o ouro foi a aplicação do ano. O metal se valorizou em 2010: nada menos que 37,10% até meados de dezembro. Essa alta é comum quando os investidores se sentem inseguros diante de ameaças de crises e conflitos, pois apostar no metal precioso protege as aplicações.

Este ano, os investidores temiam uma nova crise mundial, frente ao grande endividamento de alguns países europeus (os chamados Piigs) e do crescimento americano abaixo do esperado. Outro problema foi a forte desvalorização do dólar, que usualmente puxa o preço das commodities para cima, como é o caso do ouro.

Entretanto, especialistas acreditam que 2010 não foi um ano repleto de acontecimentos econômicos marcantes.

Agora é aguardarmos o ano novo, e os primeiros dias do Governo Dilma, para analisarmos as perspectivas sobre os melhores investimentos.

Bons Investimentos em 2011!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Inflação pode valorizar algumas ações


As ações de algumas empresas costumam ser mais demandadas pelos investidores quando existe a expectativa de alta da inflação. Esse é o caso de concessionárias de serviços públicos, como energia elétrica, rodovias, telefonia fixa e saneamento. Os contratos assinados entre essas empresas e o governo permitem a aplicação de reajustes anuais das tarifas cobradas da população que de alguma maneira seguem a inflação.

Maior concessionária de rodovias do Brasil, a CCR, por exemplo, pode repassar anualmente o IGP-M para o valor dos pedágios cobrados nas estradas que administra no estado de São Paulo. Isso significa que ao mesmo tempo em que os paulistas terão de desembolsar mais dinheiro para viajar no próximo ano, a empresa terá aumento em suas receitas - o que é positivo para as ações.

Empresas que administram shopping centers ( exemplos: Iguatemi, BR Malls e General Shopping) ou outros tipos de imóveis também devem se beneficiar da inflação porque os aluguéis cobrados vão subir. Por outro lado, é preciso tomar cuidado com as empresas bastante endividadas, pois a alta da inflação deve levar o BC a elevar os juros para contê-la. Logo, as dívidas emitidas pelas empresas também ficarão mais caras e reduzirão os lucros obtidos e os dividendos distribuídos aos acionistas.

A correlação de inflação e remuneração da aplicação é muito maior na renda fixa do que na bolsa. Contudo, é bom lembrar que o Mercado acionário sofre diversos fatores de risco. Se o cenário econômico internacional piorar, é necessário adotar estratégias voltadas para o Mercado de baixa, para não perder dinheiro.

Pré-sal, Copa e Olimpíadas "blindam" economia do Rio.


A onde de violência no Rio de Janeiro tem repercussão internacional e impacto direto na economia da região. Não é fácil mensurar o tamanho do estrago, mas é possível afirmar que o comércio e o turismo são os primeiros setores atingidos.
Uma estimativa da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) aponta perdas de R$ 39 milhões por dia com lojas fechadas em 15 regiões castigadas pelos confrontos. O montante representa 11% do faturamento diário do varejo da cidade.
Cálculos para o turismo não são tão simples e objetivos assim. Se houver cancelamentos de quartos em hotéis, o prejuízo poderá ser calculado. Porém, o difícil é mensurar eventuais viagens que deixarão de ser feitas por turistas brasileiros e estrangeiros. O arranhão na imagem do Rio de Janeiro é inequívoco.
Entretanto, a atual escalada da violência urbana em nada altera as projeções econômicas favoráveis para a região. A próxima década será marcada por investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. Não faltará dinheiro público e privado - com papel decisivo do BNDES.
Sem falar, é claro, no peso que a indústria do petróleo tem no PIB da região e as perspectivas promissoras que o Pré-sal proporciona. Para muitos, é a grande oportunidade de o Rio de Janeiro resolver problemas sociais que se arrastam há décadas, cujo reflexo é observado nos morros.
É provável que boa parte dos ganhos de receita do governo estadual e municipal seja destinada à segurança pública – um desperdício de dinheiro na categoria do mal necessário. A violência urbana atrapalha e atrasa o desenvolvimento do Rio de Janeiro, mas não o inviabiliza. Na próxima década, pelo menos, a economia da região estará “blindada” pela Copa, pelos Jogos Olímpicos e pelo Pré-sal.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A História do ex-rei do Capitalismo.


Em fevereiro de 2007, O mercado financeiro americano teve o seu Baile da Ilha Fiscal. O motivo de festa era o aniversário de 60 anos de Stephen Schwarzman, controlador do fundo de private equity Blackstone. Mais que o aniversário, celebravam-se, ali, os feitos do homem mais poderoso de Wall Street. Seu fundo controlava empresas que faturavam 171 bilhões de dólares e tinham mais de meio milhão de funcionários. No ano anterior, o bônus de Schwarzman havia sido de 398 milhões de dólares, ou mais de 1 milhão de dólares por dia. E, dias antes da festa, ele concluíra a compra da companhia imobiliária Equity Office Properties por 39 bilhões de dólares. Limusines engarrafaram a Park Avenue, em Nova York, para despejar os 500 luminares convidados. Entre eles, os presidentes dos maiores bancos de investimento do mundo, todos também vivendo o auge de seu poder. Rod Stewart subiu ao palco (o cachê: 1 milhão de dólares); um recém-concluído retrato em tamanho real do aniversariante foi exibido. No mês seguinte, Schwarzman entrou com a papelada para a abertura de capital do Blackstone, que faria sua fortuna chegar a 10 bilhões de dólares. Quem viu nesses excessos todos um mau sinal acertou em cheio. Poucos meses depois da festa, o reinado de Schwarzman chegou ao fim. No ano seguinte, Wall Street inteira iria para o buraco.
A história de Schwarzman - do início modesto à queda, passando pelo breve período monárquico - é narrada no recém-lançado King of Capital ("O rei do capital"), escrito pelos jornalistas americanos David Carey e John Morris. Em 1985, Schwarzman juntouse a seu chefe no Lehman Brothers, Peter Peterson, para tentar aproveitar aquela que era a maior sensação de Wall Street nos anos 80: a onda de compras de empresas por fundos. Reinava absoluto, na época, o KKR, fundado por Henry Kravis. O KKR inventou a forma com que os grandes fundos ganhariam fortunas. Para comprar uma empresa, bastava entrar com um pouco de dinheiro, tomar o resto emprestado e, depois, usar o caixa da companhia comprada para pagar a dívida. Ao fim do processo - se tudo, claro, desse certo -, os fundos vendiam a empresa por um preço maior, e sem a dívida. Schwarzman foi um dos que viram na estratégia da KKR uma oportunidade única de ganhar dinheiro. Ao mesmo tempo, em Washington, David Rubenstein e dois sócios fundavam o Carlyle, com objetivo semelhante. Hoje, Blackstone, Carlyle e KKR são os maiores fundos de private equity do mundo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Bretton Woods 2: O retorno do padrão-ouro

 
O ouro, que perdeu seu papel de padrão, nas trocas intenacionais há 40 anos, começa a desempenhar um novo papel na nova ordem mundial que será debatida por chefes de Estado de grandes países emergentes e desenvolvidos do G20, afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

Em artigo publicado a três dias da cúpula do G20 em Seul, Zoellick afirma que o mundo precisa de um novo sistema para suceder ao que ele chama de "Bretton Woods II", o regime de trocas flutuantes em vigor desde o final, em 1971, da convertibilidade do dólar em ouro.
Segundo o presidente do Banco Mundial, este novo quadro "deveria incluir o dólar, o euro, o iene, a libra esterlina e o renminbi (iuane chinês)".

Mas "o sistema deveria também considerar empregar o ouro como um ponto de referência internacional ligado às previsões do mercado e de valor futuro das moedas", lançou o Financial Times nesta segunda-feira.

"A ideia é utilizar o ouro como um novo indicador de inflação", descreveu Cédric Tille, professor de economia no Instituto de Altos Estudos Internacionais e do Desenvolvimento de Genebra.

A onça do ouro subiu nos últimos dias a níveis nunca antes atingidos, ultrapassando pela primeira vez nesta segunda-feira o patamar de 1.400 dólares, sustentado pelo enfraquecimento do dólar suscitado pelo anúncio de medidas de retomada econômica do Federal Reserve americano (Fed, o banco central).

A ideia de "reintroduzir do ouro no sistema" não é, em si, mau, considera Jean Pisani-Ferry, diretor do 'think tank' europeu Bruegel.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como comprar Milho via Bolsa de Valores?



Você esta vendo no gráfico acima o fantástico desempenho no preço do Milho neste 2º semestre. Como alternativa para diversificar o portfolio, o investidor tem a sua disposição contratos de commodities agrícolas, como o Milho, que ensino neste texto como operar.

O milho é uma commoditie negociada com contratos padrões, baseado na expectativa do preço futuro do produto em uma determinada data de vencimento. Os contratos de milho têm como vencimento na BMFBovespa os meses de Janeiro, Março, Maio, Julho, Setembro e Novembro. O mês vigente é Novembro, cujo código para acompanhar a variação de preços é CCMX10. Este é o código do Milho com referência no mercado físico a região de Campinas. As 3 primeiras letras (CCM) refere-se ao produto Milho, a letra "X" ao mês de novembro como vencimento, e o número "10" o ano do vencimento (2010).

1 contrato de Milho equivale à 450 sacas (cada saca tem 60kg). A Cotação do milho na bolsa é baseado no valor de 1 saca (60 kg). Exemplo: O Milho foi cotado ontem com um preço médio de R$ 27,40 (saca de 60 kg). 1 contrato = R$ 27,40 x 450 sacas = R$ 12.330,00. Este foi o valor financeiro de referência para 1 contrato. Assim como os demais contratos futuros, o milho não necessita do valor financeiro total para comprar, mas apenas uma margem de garantia (aproximadamente 8% deste valor). Esta margem pode ser em Ações, títulos públicos, CDB ou espécie. Além da margem de garantia, os contratos futuros apresentam ajuste de preço diário, sendo creditado ou debitado na conta do investidor, no 1º dia útil seguinte, a diferença de preço entre o preço de abertura e o preço de ajuste do dia. Isto diariamente até vencer o contrato, ou encerrar a posição.

Para maiores detalhes sobre o milho, escreva para um assessor da Private Brokers: fjlorenzo@ig.com.br

Até  apróxima dica!

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como os analistas gráficos sabem quando comprar ou vender uma ação?

A análise técnica moderna nasceu no início do século XX, e um de seus principais expoentes foi Charles Dow, fundador do "Wall Street Journal" e um dos criadores do Índice Dow Jones. Ele foi o formulador dos princípios que regem a análise técnica, reunidos na chamada Teoria de Dow. Os principais são o de que os preços seguem tendências de alta ou de baixa, formando padrões, e o de que o mercado desconta tudo, precificando no valor dos ativos a situação da empresa e todas as expectativas dos investidores em relação a ela.

As análises seguem três etapas principais: a identificação da tendência atual do mercado, momento em que o investidor define se vai operar comprado ou vendido; a elaboração de uma estratégia bem definida, com a escolha do tipo de ativo, da quantidade, do preço e do "stop-loss" (ou limite aceitável de perda para que uma operação seja desmontada); e a disciplina de manter a estratégia até o fim, resistindo à tentação de mudar o "stop" inicial na esperança de recuperar o que foi perdido.

O investidor tem duas possibilidades: seguir a tendência predominante do mercado ou operar as reversões, isto é, comprar no momento de maior baixa antes de um aumento de preços - de olho nos chamados suportes - e vender no momento de maior alta antes de uma queda - as chamadas resistências. Suportes e resistências são definidos com base em padrões históricos. No entanto, ao atingir essas mínimas e máximas, os preços podem não reverter, mas continuar na tendência, rompendo o suporte ou a resistência.

Para prever o comportamento dos preços e determinar os pontos de entrada e saída do mercado, os analistas técnicos identificaram, com o passar do tempo, uma série de padrões gráficos. Isso foi possível porque tendências não são lineares, isto é, os preços sobem e descem várias vezes durante o período analisado, formando desenhos em zigue-zague.

Abaixo a dica de um estudo pelo nosso consultor expert, Fernando Santos, da Private Brokers.


Quando uma resistência é rompida, indica ponto de compra. A linha então se torna um ponto de suporte, que funciona como referência de controle de perdas, caso a alta não se concretize. No caso da confirmação da tendência altista, verificar novos pontos de resistência como referência de stop gain.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quais os impactos no Mercado de Capitais com a morte de Kirchner?

O Mercado de Capitais reagiu a morte do ex-presidente Argentino, Nestor Kirchner, com altas nos títulos da dívida da Argentina e as ações do país cotadas na Bolsa de Nova York. As especulações de que os deputados de oposição vencerão as eleições do ano que vem e reverter as atuais políticas de gestão da dívida, analisadas por analistas como mais favoráveis para o Mercado. As ações argentinas negociadas em Nova York registravam a maior alta desde 2008.

A mudança que pode ocorrer na economia Argentina, deve-se a analise de que Kirchner implantou a mais severa reestruturação da dívida argentina desde a II Guerra Mundial antes de passar a presidência para sua mulher, Cristina Fernandez de Kirchner, em 2007. Suas ações fomentaram criticas por parte de economistas e políticos. Apesar da considerável melhora no PIB do País desde 2003, quando chegou a crescer próximo dos 10% ao ano, alguns críticos exaltam que não houve mérito, diante de uma conjuntura internacional favorável; assim como de um quadro econômico onde a Argentina vinha de uma queda de 20% no PIB, no período anterior.

“O grande mérito de Kirchner foi a renegociação da dívida externa argentina. Ele impôs liderança ao governo presidencial após o fragilizado governo do ex-presidente Fernando De La Rúa, com a crise de 2001, a moratória e o ‘corralito’. Porém, Kirchner não soube se adaptar aos novos tempos, e o país não se desenvolveu como os vizinhos”, diz o ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Troster, argentino nascido em Buenos Aires, está no Brasil há mais de 30 anos

Alguns Analistas internacionais que operam títulos da dívida de países emergentes viam Kirchner como uma pedra no caminho para alguns indicadores de normalização. Os títulos argentinos denominados em dólar têm taxa 543 pontos-base maior que os títulos do tesouro americano. É o rendimento mais alto entre os países emergentes, atrás de Venezuela e Equador, segundo o índice referencial do JPMorgan EMBI+. A diferença entre os papéis americanos e argentinos caiu 39 pontos-base ontem, a queda mais forte em suas semanas.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Os 5 erros mais comuns no planejamento da aposentadoria


1. Superestimar o valor do seu patrimônio.

É natural do ser humano supervalorizar o valor dos seus bens no longo prazo. Seja imóvel, fundo de previdência, ou quaisquer outros investimentos. Comportamentos passados podem ser bons subsídios para entender e estimar o que pode acontecer no futuro. No entanto, quando o assunto é planejar seu patrimônio para a sua aposentadoria, a teoria, infelizmente, não se aplica. Por isto, não espere que o seu imóvel continue a se valorizar nas taxas atuais, nem que o fundo de previdência vá te garantir a aposentadoria estimada pelos consultores que te venderam; muito menos que os seus investimentos em Renda Fixa, vão continuar rendendo o mesmo do passado.

Dica: Monitorar o valor de Mercado do seu Patrimônio, e fazer ajustes periódicos de acordo com o cenário econômico, é essencial para não ficar sem dinheiro no bolso no futuro.


2. Não saber quanto de dinheiro irá precisar na aposentadoria

Um estudo conduzido pela Universidade da Geórgia (EUA), em associação com a AON Consulting, concluiu que a maioria das pessoas precisa de cerca de 80% a 90% da renda pré-aposentadoria para viver confortavelmente depois que parar de trabalhar.

Já uma outra pesquisa analisou o quanto uma pessoa acredita que vai precisar de renda na aposentadoria e mostrou que 1 em cada 10 pessoas estima que vai precisar menos de 50% da renda antiga para viver confortavelmente, enquanto 3 em cada 10 projetam precisar de 50 a 70%.

Dica: Considere que você vai precisar de 100% dos rendimentos obtidos enquanto ativo na fase da aposentadoria.

3. Errar no cálculo da expectativa de vida

Esse é o erro mais comum. As pessoas projetam um patrimônio para viver bem até uma determinada expectativa de vida, e  acabam vivendo mais.

Dica: Planeje um patrimônio que consiga viver bem dentro do seu padrão de vida, no mínimo 15 anos acima do projetado por você.
 
4. Subestimar a inflação

Assim que uma pessoa se aposenta, a inflação torna-se muito mais perigosa para o seu pé de meia. Afinal de contas, a pessoa não pode mais contar com a renda integral que recebia enquanto ativo para compensar o aumento dos gastos no cotidiano.

Dica: Após aposentar-se investia a maior parte do seu patrimônio financeiro em títulos públicos corrigidos pela inflação. O tesouro direto oferece 2 opções: NTN-B e NTN-C.

5. Ser conservador demais com a aposentadoria

Depois de aposentada, a pessoa tende a tornar-se cada vez mais conservadora em relação aos seus investimentos, e acaba deixando o dinheiro aplicado na Caderneta de Poupança, como se fosse te garantir a mesma qualidade de vida. Muitas vezes ainda vamos viver uns 30 a 40 anos após termos nos aposentados, e somente investindo em Caderneta de Poupança ou CDB, vamos perdendo poder de compra.

 Dica: É preciso continuar diversificando os seus investimentos. Proteja a maior parte do patrimônio em investimentos corrigidos pela inflação, mas também invista o restante em Renda Variável, para que continue podendo consumir produtos e serviços de alto padrão, como imóveis e viagens dos sonhos.  

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como investir em imóveis via Bolsa de Valores?

Culturalmente o brasileiro tende a investir em renda fixa por causa dos juros altos. Mesmo no mercado imobiliário, o investidor prefere imóveis reais.Contudo existe hoje no Mercado de Capitais oportunidades de investimento no setor imobiliário via Bolsa de Valores, conheça:

  1. Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs): Investimento de Renda Fixa, isento de I.R. para pessoa física, emitido por uma instituição financeira com carteira de crédito hipotecária. Similar a um CDB, só que oferece retornos líquidos maiores, devido ao benefício fiscal.
  2. Fundos de investimentos imobiliários (FII): Fundos de investimentos, cujo patrimônio é investido na compra de imóveis. Hoje já existem mais de 30 Fundos Imobiliários (FII) com cotas negociadas na Bolsa de Valores. Além da valorização dos fundos, o cotista pode receber aluguéis mensais, caso os imóveis comprados pelos fundos estejam locados. Os valores desses aluguéis são isentos de I.R. No caso de venda de um imóvel pertencente ao fundo, haverá uma assembléia entre os cotistas, onde será decidido na distribuição do lucro da venda, ou na compra de outro imóvel. No caso da distribuição dos lucros, o cotista pagará I.R de 15% apenas, muito menor do que o imposto sobre ganhos de capitais no caso de um imóvel real.
  3. Ações do setor imobiliário: A valorização dos imóveis reais têm sido muito comentadas como o melhor investimento da atualidade. Porém, se esses compradores de imóveis soubessem a valorização das ações das empresas do setor imobiliário nos últimos 2 anos, mudariam de idéia. A média de rentabilidade das ações do setor imobiliário na Bovespa esta acima dos 200% em 24 meses. Repito...200%!! Você conhece alguém que ganhou isto investindo em imóvel real nos últimos 2 anos?

      Entre em contato com a Private Brokers e conheça mais sobre os investimentos no setor imobiliário via Bolsa.

Até a próxima dica de investimento!         

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As melhores ações da Bolsa em cada Governo: FHC x LULA




Apartidário do debate pré-eleitoral, os Governos FHC e LULA apresentam situações no Mercado de Capitais semelhantes a política. Em alguns pontos continuidade, em outros, divergências; reflexos do momento econômico externo e interno, e das prioridades partidárias. Vamos analisar quais os setores mais valorizados na Bolsa de Valores durante cada Governo.

FHC

Setor de Telecomunicações – O setor passou por enormes transformações no seu Governo. A privatização da Telebrás transformou o País da telefonia por Orelhões, em ligações por Celulares, devido a quebra de monopólio e redução de custos.
Ações da Telebrás (TELB4) e PLIN4 ( atual NETC4) são uma das Blue Chips da Bolsa.

Setor de Commodities – Como grande exportador de matéria prima para o mundo, o setor também teve fortes avanços neste Governo. PETR4, VALE5 e GGBR4 foram algumas das ações mais valorizadas. Na ocasião também houve uma grande capitalização na Petrobras e Vale.

Setor Bancário (Grandes Bancos) – O projeto de estabilidade econômica, ocorrido durante este Governo, e a modernização do setor preparou os Bancos brasileiros para enfrentar crises e competir no Mercado internacional. O setor, apesar de algumas turbulências nas crises externas enfrentadas no período, se fortaleceu com a criação de normas mais rígidas para controle de risco e modernização dos sistemas bancários (meios eletrônicos de atendimento). Houveram grandes fusões e surgimentos de Grandes conglomerados financeiros.
Ações do Bradesco (BBDC4), Itaú (atual ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), se transformaram em Blue Chips admiradas por estrangeiros.


LULA

Setor de Consumo doméstico – O setor alavancou o faturamento no seu Governo. As crises no Mercado externo foram compensadas com o crescimento do Mercado interno. O fator decisivo foi o crescimento do mercado consumidor na classe C, com mais empregos e distribuição de renda, via bolsa família, em regiões afastadas dos grandes centros. As grandes ações do setor abriram capital neste Governo, através do Novo Mercado. As rentabilidades das suas ações se transformaram em fenômenos na Bolsa.
Ações da Natura (NATU3), Marisa (AMAR3) e Hering (HGTX3) passaram de small caps de 2ª linha, para promessas de se transformarem nas grandes Blue Chips da Bolsa.

Setor de Construção Civil – O renascimento deste setor deve-se a queda nas taxas de juros, uma tendência global, e aumento da renda nas classes menos favorecidas. Construtoras populares viraram foco de aquisições por construtoras que antes só faziam obras para a elite.
Ações da MRV (MRVE3), PDG (PDGR3) e TENDA (incorporada pela Gafisa – GFSA3) rentabilizaram muito no 2º mandato do Governo.

Setor de Commodities – As tradicionais Blue Chips de commodities, como PETR4, VALE5 e GGBR4 também estiveram entre os motores do crescimento da Bolsa, principalmente no 1º mandato do Lula. A força do mercado consumidor Chinês, ávido por commodities, foi o principal influenciador das fortes valorizações. Neste ano de 2010 essas ações já não foram tão favoráveis quanto em outros anos.

Setor Bancário (Pequenos Bancos) – A continuidade do projeto de estabilidade econômica do Governo FHC consolidou nossos bancos no Mercado internacional. O setor passou pelas últimas grandes fusões ( ABN – Santander e Itaú-Unibanco) e restaram os pequenos bancos (Middle Cap) como foco de concorridas disputas pelos grandes conglomerados.
Ações do PINE (PINE4),  Banrisul (BRSR6) e BIC (BICB4) aumentaram muito o volume de negócios com a especulação de prováveis aquisições pelos grandes Bancos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A nova corrida pelo Ouro.


Olhando para a evolução do preço do ouro desde 2000 deparamo-nos com um crescimento regular que se acentua ainda mais nos útlimos 5 anos.

A crise da moeda americana fomenta a desconfiança no mercado global e aumenta a procura pelo Ouro. Pessoalmente, acredito que o preço do Ouro continuará a subir, atingirá valores muito interessantes nos próximos meses e que 2011 será semelhante a 2010.
A onça de ouro¹ tocou esta última terça-feira (12/10) um novo recorde histórico, ao negociar nos 1.065,65 dólares no mercado de Londres, depois de um novo recuo do dólar. ¹Uma onça (abreviada: oz, da antiga palavra italiana onza, agora escrita oncia) é uma unidade de medida inglesa de massa. Uma onça equivale a 28,349523125 gramas.

Quem comprou ouro há 10 anos vê ou ouro valorizado em 3 vezes e meia, quem comprou ouro há 5 anos terá triplicado o investimento, quem comprou há um ano vê o ouro a valer mais 50%. O mais interessante é que quem comprou no início do mês já tem o seu valor 7% acima.
O ouro tem destas coisas, está numa fase em que é tão bom para vender como para comprar. Quem tem ouro há muito tempo que o venda agora porque realiza mais valias fantásticas, quem tem cash para investir que o faça em ouro porque tem a garantia de valorizar o seu investimento numa matéria prima que sempre foi visto como uma segurança de patrimônio.

Como comprar ouro via Bolsa de Valores?

Gráfico do ouro à vista na BM&F mostra a evolução dos últimos 6 meses.
Ontem (14/10/10) fechou cotado à R$ 75,10 a grama. O código do ouro à vista na Bolsa é OZ1d (OZ, abreviação de "onza", que significa onça - medida de massa inglesa)


Há três formas de se adquirir ouro no mercado brasileiro na Bolsa de Mercadorias e Futuros. A mais comum é a compra do metal no mercado á vista. Mas o investidor também pode realizar sua compra através do mercado futuro e de opções.  Sem muita liquidez.
Os contratos do mercado futuro permitem a compra por um determinado preço fixo, em data definida. Porém, até o vencimento, os vendedores e compradores dos contratos devem ir pagando ajustes uns aos outros dependendo se o preço do metal está subindo ou caindo.
Nos contratos de opções, o investidor paga pelo direito de realizar a compra a um dado preço na data de exercício. Nos contratos de opção, o investidor não tem obrigação de comprar, ao contrário dos negócios do mercado futuro.

Hoje existem sete tipos diferentes de contratos de ouro na BMeF:
- Disponível padrão de ouro de 250 gramas;
- Disponível fracionário de ouro de 10 gramas;
- Disponível fracionário de ouro de 0,225 grama;
- Futuro de ouro 250 gramas;
- Opções de compra sobre disponível padrão de ouro;
- Opções de venda sobre disponível padrçao de ouro;
- Termo de ouro.

Os contratos disponíveis são os negociados no mercado á vista.

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Alexander Elder: "Investimento de Longo Prazo acabou."

No mercado financeiro, nada desperta mais amor e ódio do que a análise técnica. Quem gasta meses avaliando informações sobre uma empresa considera esoterismo a negociação de ações baseada em comportamentos-padrão visualizados em gráficos. Já aqueles que se aproveitam das tendências do mercado para lucrar com operações de curto prazo acham que é perda de tempo analisar os fundamentos de uma empresa.

Esta semana, um dos maiores gurus da análise técnica chega ao Brasil para colocar mais lenha na fogueira. Autor de livros como "Aprenda a Operar no Mercado de Ações: Come Into My Trading Room" e "Como se Transformar em um Operador e Investidor de Sucesso", o russo radicado nos Estados Unidos Alexander Elder faz duas palestras gratuitas na Expo Money São Paulo, a maior feira de finanças pessoais da América Latina.

Elder despreza todas as estratégias de investimento com exceção da análise técnica. Em relação à negociação de ações a partir de fórmulas matemáticas inseridas em um computador, uma das principais tendências no mundo desenvolvido, Elder afirma que essa é uma "fantasia" que está fadada a um fim breve. Já o investimento de longo prazo em bolsa seria um método antigo que "só funcionou para nossos avós".

Em relação à análise técnica, Elder não economiza elogios, apesar de muitas vezes soar evasivo como um político em campanha eleitoral. Ele não se arrisca a fazer previsões sobre a bolsa, não revela qual é a taxa de retorno de seus próprios investimentos e se irrita facilmente diante da insistência por respostas menos genéricas sobre estratégias que funcionam. Entre outras obviedades, diz que o trader precisa "limitar seu risco e manter um diário de suas operações".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As Blue Chips dos gringos chegam ao Brasil!


A BM&FBovespa iniciará as negociações de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) Nível 1 Não Patrocinados no dia 5 de outubro, conforme comunicado enviado nesta quinta-feira (23).
A partir da primeira terça-feira do próximo mês, investidores brasileiros terão a possibilidade de adquirir recibos de ações estrangeiras. O primeiro lote envolverá o total de 10 empresas listadas em bolsas norte-americanas, são elas: Apple, Google, Bank of America, Arcelor Mittal, Goldman Sachs, Avon Products, Wal-Mart, Exxon Mobil, McDonald’s e Pfizer. A instituição financeira responsável pela emissão destes recibos será o Deutsche Bank.
Este tipo de certificado é um representativo de valores mobiliários emitidos por companhias listas em bolsas com sede fora do País. Assim sendo, a emissão e o registro são de responsabilidade da instituição depositária no Brasil, no caso, o Deutsche Bank.
Quem poderá investir?Apenas fundos de investimento, instituições financeiras poderão realizar este tipo de negociação. No caso de consultores de valores mobiliários e administradores de carteira, a operação só poderá ocorrer com a utilização de recursos próprios. Desta forma, pessoas física só poderão investir na nova modalidade através de fundos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Personagem do Mercado: Charles Dow, o mais famoso há 125 anos.


Nosso próximo personagem não possuía formação em finanças ou economia, tampouco trabalhava diretamente com a compra ou venda de ativos. Ainda assim, seu nome é talvez o mais pronunciado até hoje nos mercados. E por todos os mercados, há mais de um século.

Charles Dow era jornalista. Possuía uma coluna no The Wall Street Journal no final do século XIX. Na verdade, Charles Dow fundou o Wall Street Journal, uma das mais respeitadas publicações sobre o mercado financeiro. Dow também fundou, em sociedade com Edward Jones, o grupo Dow Jones & Company. Ainda assim, sua criação mais importante não foi nenhuma destas duas.

Dow era um estudioso do mercado. Tentava entender os movimentos de ações e títulos em uma época de pouco desenvolvimento do mercado de capitais norte-americano. Sua teoria tratava basicamente deste assunto, os movimentos do mercado. Mas Dow encontrou muita dificuldade em dimensionar tendências, até porque estas não eram similares para todas as variáveis, ou ações, estudadas.

Pela Teoria de Dow, o jornalista fez os mercados olharem de forma unificada para seu movimento diário, com a criação da mais importante proxy do mercado acionário internacional, o índice Dow Jones. Em sua forma principal, o Dow Jones Industrial Average apareceu em 1896. Mas a história do índice vem de antes. Vem do Dow Jones Averages, de 1884.

Um índice
Inicialmente, Charles Dow buscou aglomerar as principais ações negociadas na bolsa norte-americana e estipular uma média ponderada delas como forma de avaliar o movimento do mercado como um todo. Sendo assim, a primeira forma do índice Dow Jones englobava 11 ativos, sendo 9 papéis de ferrovias e 2 industriais. Era a época do boom das railways nos Estados Unidos.

Mesmo em um período em que o setor industrial ainda tinha pouco peso sobre a economia norte-americana, Charles Dow vislumbrava sua importância para o futuro. Apesar dos 2 ativos no Dow Jones Averages, acreditava que monitorar as ações do setor industrial era de extrema importância, pelo potencial de industrialização que a América apresentava no final do século XIX.

A partir daí, o Dow Jones Industrial Average foi oficializado em 1896, somente com ativos de indústrias. Sua primeira listagem continha apenas 12 ações, bem menos que as 30 blue chips que lista atualmente. Destas doze, a única que sobrevive no índice até hoje é a ação da gigante General Electric, a companhia fundada por Thomas Edison.

Mais que um índice
A notoriedade de Charles Dow vem mais pelo índice, mas também pelo Wall Street Journal. Para os mercados, no entanto, a Teoria de Dow atravessou séculos. Dow nunca a publicou ou escreveu qualquer livro diretamente sobre o assunto. Seus relatos nas colunas do WSJ fomentaram uma série de estudiosos da Dow's Theory a ir a fundo às ideias do autor.

O mais impressionante é que, assim como seu índice, sua teoria sobrevive até hoje. Basicamente, mostra que 125 anos depois o mercado continua caminhando de forma semelhante. As principais proposições de Charles Dow norteiam conceitos de análise técnica, precificação de ativos e filosofia do investidor.

Axiomas
Um de seus axiomas principais minimiza a capacidade dos agentes manipularem uma tendência de mercado. Segundo a Teoria de Dow - que consta no livro "The Dow Theory", de Robert Rhea -, não dá para manipular a primeira tendência do mercado. Para ela, somente movimentos de intraday e tendências secundárias podem ser guiadas pelo comportamento especulativo dos agentes.

O comportamento do volume, as reversões de tendência e suas proposições sobre os movimentos primários, secundários e terciários do mercado serviram de fundamentação para o desenvolvimento da análise técnica e seus suportes e resistências. Para Dow, uma tendência de mercado continua válida até ser revertida.

Noticiário antigo
Outra proposição básica de Dow é que as médias descontam tudo. Em sua visão, os mercados refletem todas as informações disponíveis nos preços, questão que depois seria desenvolvida pela hipótese de mercados eficientes. Segundo a teoria de Dow, os preços representam a soma total de desejos, medos e expectativas de todos os participantes do mercado.

A velha máxima do "sobe no boato, cai no fato" tem raízes em sua teoria, para quem os mercados sempre olham para frente; ou seja, o que está no noticiário é passado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Personagens do Mercado: Ficção ou Realidade? (Continuação)


O nosso personagem de ontem foi o fictício Gordon Gekko, do filme Wall Street, cuja matéria pode ser lida neste blog. Hoje vamos falar de um personagem real, que virou ficção: Nick Lesson. Ele virou o personagem protagonista do filme "A Fraude", tendo a  sua história contada e interpretada pelo ator Ewan Mcgregon. 
A trajetória do operador Nick Leeson realmente é digna de filme. Além de uma das mais famosas fraudes da história dos mercados, o caso mostrou como um mero empregado poderia levar o mais antigo banco de investimentos da Inglaterra, o Barings, à ruína.

Mais que a atuação irregular de um trader no mercado futuro, o caso revelou algumas das inúmeras brechas que o sistema financeiro apresenta, além de expor a rotina de cobrança e interesses que alimenta a busca desenfreada por retornos, muitas vezes ignorando riscos.

Leeson começou como operador no banco Coutts, na primeira metade da década de 1980. Rodou por diversos bancos até conseguir um posto de operador do Barings, uma instituição de atuação histórica, fundado em 1762. Leeson foi transferido para Cingapura, para ativar uma cadeira que o Barings possuía na Singapore Monetary Exchange, para operar no mercado futuro da região.

Conta 88888
O primeiro flerte de Leeson com uma operação ilegal não partiu de sua ganância, mas de um erro de uma colega de trabalho inexperiente. Segundo consta em sua autobiografia, "A história do homem que levou banco Barings à falência", a funcionária havia vendido vinte contratos que deveria comprar, o que causou uma perda próxima de £ 20 mil à instituição.

Para encobrir o erro, Leeson utilizou uma das contas erro do Barings, utilizadas para corrigir diferenças de negociação. A partir daí, Leeson criou a famosa conta erro de número 88888, que passou a usar para esconder os prejuízos de suas operações.
Risco, mais risco
Com a possibilidade de encobrir seus prejuízos, Leeson passou a tomar posições cada vez mais arriscadas. Quando perdia, encobria o prejuízo na conta 88888; mas seus ganhos começavam a chamar a atenção da alta cúpula do Barings. As ordens de Leeson garantiam alguns retornos substanciais ao Barings, chegando a faturar mais de £ 10 milhões para a instituição em 1992.

Seduzida pelos ganhos, a administração do Barings passou a estimular as operações de Leeson, oferecendo bônus milionários a cada aplicação de sucesso do operador. Os prejuízos da conta 88888 passavam a se multiplicar, chegando a cerca de £ 210 milhões em 1994.
Mas Leeson sempre via sua próxima tacada como a oportunidade de cobrir o rombo da conta 88888, o que levava a tomar mais e mais risco. Em uma destas operações, apostava na manutenção da tendência de alta dos mercados asiáticos na sessão seguinte. Mas o acaso colocou à sua frente um terremoto de 7,3 graus de magnitude que devastou a cidade japonesa de Kobe e derrubou as bolsas da região em 17 de janeiro de 1995.

A tacada final
A aposta errada aumentou substancialmente o prejuízo. Leeson não parou por aí e assumiu posições que indicavam uma recuperação rápida do índice Nikkei 225. Neste período, o operador movimentou mais de 20 mil contratos, enquanto as perdas registradas na conta 88888 bateram aproximadamente US$ 1,3 bilhão.

Para se ter uma ideia, quando os gestores do Barings descobriram a fraude, este valor superava o capital e reservas em posse do banco, o que representou a insolvência da instituição de 235 anos. Pelo simbólico valor de £ 1, o holandês ING assumiu o Barings em fevereiro de 1995.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Personagens do Mercado: Ficção ou Realidade?


O Nosso personagem de hoje é o fictício Gordon Gekko, interpretado nos cinemas pelo ator Michael Douglas, protagonista do filme Wall Street (1987) e antagonista na continuação que estréia esta semana, Wall Street Money Never Sleeps (2010).

No filme, Gekko é um investidor inescrupuloso e ganancioso, o esteriótipo do "tubarão" de Wall Street. O mesmo utiliza o seu poder financeiro para manipular pessoas, como o seu Corretor e "aprendiz" Bud Fox ( Charlie Sheen ), visando obter informações privilegiadas para a compra de ações. Através de "insider trandings" Gekko obtia excelentes lucros na Bolsa, mas prejudicava todos os demais investidores do Mercado, como o rival Sir Lawrence Wildman, além dos funcionários das empresas com ações adquiridas.

Gekko é um personagem fictício, mas com semelhantes em Wall Street. Um deles é Milken, conhecido como "Junk Bond King", na década de 80, ele teve 98 acusações de extorsões e fraudes em 1989.

O personagem interpretado por Michael Douglas foi também referenciado em outubro de 2008 pelo primeiro-ministro australiano Kevin Rudd, em seu discurso sobre a  crise no Mercado Financeira, intitulado "As crianças de Gordon Gekko". Na ocasião Rudd afirmou: "É talvez o momento de admitir que nós não aprendemos as lições completas da cobiça, e hoje ainda estamos limpando a bagunça das crianças de Gordon Gekko."

Envie a sua história que publicaremos no Blog.

Abraços e até o próximo personagem da Bolsa.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Histórias da Bolsa



Aos 21 anos, Fernando Santos hoje é sócio da Private Brokers Investment Solutions sendo responsável pelas operações com renda variável dos seus clientes. A história como Fernando iniciou seus investimentos em bolsa já rendeu inúmeras reportagens na mídia, como a publicada pelo Estadão em Agosto de 2009 "Dá aula para o pregão". Graduando em economia, Fernando começou a operar aos 16 anos investindo uma herança da família. Autodidata, leu dezenas de livros sobre o Mercado de Capitais, mas não esquece o primeiro que ensinou as lições iniciais."Li em três dias um manual de 200 páginas sobre o mercado. Me cadastrei no site de um banco comecei a comprar e já no primeiro dia rendeu 4%. Passava o recreio na biblioteca da escola checando cotações." O cadastro chegou a ser bloqueado quando o banco descobriu que ele tinha menos de 18 anos. "Me emancipei para continuar" Comenta Fernando.

Os investimentos de Fernando já renderam frutos. "Hoje tenho um patrimônio de um brasileiro na faixa de 30 anos. Inclusive consegui realizar o sonho de ter a minha própria marca de investimentos, muito antes do que imaginei."

Hoje Fernando Santos dedica 10 horas do seu dia a realizar os sonhos de outras dezenas de brasileiros que, muitas vezes, estão começando a investir muito mais tarde do que ele mas esperam também atingir os mesmos objetivos financeiros que ele conquistou.

Escreva para nós que o Fernando Responderá.

Acompanhe todos os dias novas histórias com personagens da Bolsa no nosso Blog.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Apresentação

Blog Private Brokers           

Hoje começamos nosso blog, aqui queremos compartilhar, idéias, sugestões, relatar eventos do mercado,e muitos outros assuntos relacionados ao mundo financeiro.
                                   
Antes, de começar, queremos nós apresentar, a Private Brokers foi criada para traduzir o mercado de ações para você. Disponibilizamos canais de atendimento para esclarecer dúvidas e transmitir informações importantes.

A Private Brokers atua na intermediação de recursos por meio de uma assessoria financeira especializada buscando atender a demanda individual de seus clientes através da construção de uma sólida relação de longo prazo ancorada na confiança e compromisso mútuos.    

Exclusividade
Cada cliente tem uma necessidade diferente e merece um atendimento individualizado e exclusivo. Para tanto, entendemos as necessidades de cada um e a partir  daí buscamos entre os melhores investimentos o produto ideal para o nosso cliente.

Como se tornar um cliente ?
Caso você tenha interesse em conhecer mais de perto nossos produtos e serviços, marque uma visita que o nosso consultor vai até você.

Obrigada,
 Equipe Private Brokers, Traduz o mercado pra você.