sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Como os analistas gráficos sabem quando comprar ou vender uma ação?

A análise técnica moderna nasceu no início do século XX, e um de seus principais expoentes foi Charles Dow, fundador do "Wall Street Journal" e um dos criadores do Índice Dow Jones. Ele foi o formulador dos princípios que regem a análise técnica, reunidos na chamada Teoria de Dow. Os principais são o de que os preços seguem tendências de alta ou de baixa, formando padrões, e o de que o mercado desconta tudo, precificando no valor dos ativos a situação da empresa e todas as expectativas dos investidores em relação a ela.

As análises seguem três etapas principais: a identificação da tendência atual do mercado, momento em que o investidor define se vai operar comprado ou vendido; a elaboração de uma estratégia bem definida, com a escolha do tipo de ativo, da quantidade, do preço e do "stop-loss" (ou limite aceitável de perda para que uma operação seja desmontada); e a disciplina de manter a estratégia até o fim, resistindo à tentação de mudar o "stop" inicial na esperança de recuperar o que foi perdido.

O investidor tem duas possibilidades: seguir a tendência predominante do mercado ou operar as reversões, isto é, comprar no momento de maior baixa antes de um aumento de preços - de olho nos chamados suportes - e vender no momento de maior alta antes de uma queda - as chamadas resistências. Suportes e resistências são definidos com base em padrões históricos. No entanto, ao atingir essas mínimas e máximas, os preços podem não reverter, mas continuar na tendência, rompendo o suporte ou a resistência.

Para prever o comportamento dos preços e determinar os pontos de entrada e saída do mercado, os analistas técnicos identificaram, com o passar do tempo, uma série de padrões gráficos. Isso foi possível porque tendências não são lineares, isto é, os preços sobem e descem várias vezes durante o período analisado, formando desenhos em zigue-zague.

Abaixo a dica de um estudo pelo nosso consultor expert, Fernando Santos, da Private Brokers.


Quando uma resistência é rompida, indica ponto de compra. A linha então se torna um ponto de suporte, que funciona como referência de controle de perdas, caso a alta não se concretize. No caso da confirmação da tendência altista, verificar novos pontos de resistência como referência de stop gain.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quais os impactos no Mercado de Capitais com a morte de Kirchner?

O Mercado de Capitais reagiu a morte do ex-presidente Argentino, Nestor Kirchner, com altas nos títulos da dívida da Argentina e as ações do país cotadas na Bolsa de Nova York. As especulações de que os deputados de oposição vencerão as eleições do ano que vem e reverter as atuais políticas de gestão da dívida, analisadas por analistas como mais favoráveis para o Mercado. As ações argentinas negociadas em Nova York registravam a maior alta desde 2008.

A mudança que pode ocorrer na economia Argentina, deve-se a analise de que Kirchner implantou a mais severa reestruturação da dívida argentina desde a II Guerra Mundial antes de passar a presidência para sua mulher, Cristina Fernandez de Kirchner, em 2007. Suas ações fomentaram criticas por parte de economistas e políticos. Apesar da considerável melhora no PIB do País desde 2003, quando chegou a crescer próximo dos 10% ao ano, alguns críticos exaltam que não houve mérito, diante de uma conjuntura internacional favorável; assim como de um quadro econômico onde a Argentina vinha de uma queda de 20% no PIB, no período anterior.

“O grande mérito de Kirchner foi a renegociação da dívida externa argentina. Ele impôs liderança ao governo presidencial após o fragilizado governo do ex-presidente Fernando De La Rúa, com a crise de 2001, a moratória e o ‘corralito’. Porém, Kirchner não soube se adaptar aos novos tempos, e o país não se desenvolveu como os vizinhos”, diz o ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Troster, argentino nascido em Buenos Aires, está no Brasil há mais de 30 anos

Alguns Analistas internacionais que operam títulos da dívida de países emergentes viam Kirchner como uma pedra no caminho para alguns indicadores de normalização. Os títulos argentinos denominados em dólar têm taxa 543 pontos-base maior que os títulos do tesouro americano. É o rendimento mais alto entre os países emergentes, atrás de Venezuela e Equador, segundo o índice referencial do JPMorgan EMBI+. A diferença entre os papéis americanos e argentinos caiu 39 pontos-base ontem, a queda mais forte em suas semanas.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Os 5 erros mais comuns no planejamento da aposentadoria


1. Superestimar o valor do seu patrimônio.

É natural do ser humano supervalorizar o valor dos seus bens no longo prazo. Seja imóvel, fundo de previdência, ou quaisquer outros investimentos. Comportamentos passados podem ser bons subsídios para entender e estimar o que pode acontecer no futuro. No entanto, quando o assunto é planejar seu patrimônio para a sua aposentadoria, a teoria, infelizmente, não se aplica. Por isto, não espere que o seu imóvel continue a se valorizar nas taxas atuais, nem que o fundo de previdência vá te garantir a aposentadoria estimada pelos consultores que te venderam; muito menos que os seus investimentos em Renda Fixa, vão continuar rendendo o mesmo do passado.

Dica: Monitorar o valor de Mercado do seu Patrimônio, e fazer ajustes periódicos de acordo com o cenário econômico, é essencial para não ficar sem dinheiro no bolso no futuro.


2. Não saber quanto de dinheiro irá precisar na aposentadoria

Um estudo conduzido pela Universidade da Geórgia (EUA), em associação com a AON Consulting, concluiu que a maioria das pessoas precisa de cerca de 80% a 90% da renda pré-aposentadoria para viver confortavelmente depois que parar de trabalhar.

Já uma outra pesquisa analisou o quanto uma pessoa acredita que vai precisar de renda na aposentadoria e mostrou que 1 em cada 10 pessoas estima que vai precisar menos de 50% da renda antiga para viver confortavelmente, enquanto 3 em cada 10 projetam precisar de 50 a 70%.

Dica: Considere que você vai precisar de 100% dos rendimentos obtidos enquanto ativo na fase da aposentadoria.

3. Errar no cálculo da expectativa de vida

Esse é o erro mais comum. As pessoas projetam um patrimônio para viver bem até uma determinada expectativa de vida, e  acabam vivendo mais.

Dica: Planeje um patrimônio que consiga viver bem dentro do seu padrão de vida, no mínimo 15 anos acima do projetado por você.
 
4. Subestimar a inflação

Assim que uma pessoa se aposenta, a inflação torna-se muito mais perigosa para o seu pé de meia. Afinal de contas, a pessoa não pode mais contar com a renda integral que recebia enquanto ativo para compensar o aumento dos gastos no cotidiano.

Dica: Após aposentar-se investia a maior parte do seu patrimônio financeiro em títulos públicos corrigidos pela inflação. O tesouro direto oferece 2 opções: NTN-B e NTN-C.

5. Ser conservador demais com a aposentadoria

Depois de aposentada, a pessoa tende a tornar-se cada vez mais conservadora em relação aos seus investimentos, e acaba deixando o dinheiro aplicado na Caderneta de Poupança, como se fosse te garantir a mesma qualidade de vida. Muitas vezes ainda vamos viver uns 30 a 40 anos após termos nos aposentados, e somente investindo em Caderneta de Poupança ou CDB, vamos perdendo poder de compra.

 Dica: É preciso continuar diversificando os seus investimentos. Proteja a maior parte do patrimônio em investimentos corrigidos pela inflação, mas também invista o restante em Renda Variável, para que continue podendo consumir produtos e serviços de alto padrão, como imóveis e viagens dos sonhos.  

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Como investir em imóveis via Bolsa de Valores?

Culturalmente o brasileiro tende a investir em renda fixa por causa dos juros altos. Mesmo no mercado imobiliário, o investidor prefere imóveis reais.Contudo existe hoje no Mercado de Capitais oportunidades de investimento no setor imobiliário via Bolsa de Valores, conheça:

  1. Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs): Investimento de Renda Fixa, isento de I.R. para pessoa física, emitido por uma instituição financeira com carteira de crédito hipotecária. Similar a um CDB, só que oferece retornos líquidos maiores, devido ao benefício fiscal.
  2. Fundos de investimentos imobiliários (FII): Fundos de investimentos, cujo patrimônio é investido na compra de imóveis. Hoje já existem mais de 30 Fundos Imobiliários (FII) com cotas negociadas na Bolsa de Valores. Além da valorização dos fundos, o cotista pode receber aluguéis mensais, caso os imóveis comprados pelos fundos estejam locados. Os valores desses aluguéis são isentos de I.R. No caso de venda de um imóvel pertencente ao fundo, haverá uma assembléia entre os cotistas, onde será decidido na distribuição do lucro da venda, ou na compra de outro imóvel. No caso da distribuição dos lucros, o cotista pagará I.R de 15% apenas, muito menor do que o imposto sobre ganhos de capitais no caso de um imóvel real.
  3. Ações do setor imobiliário: A valorização dos imóveis reais têm sido muito comentadas como o melhor investimento da atualidade. Porém, se esses compradores de imóveis soubessem a valorização das ações das empresas do setor imobiliário nos últimos 2 anos, mudariam de idéia. A média de rentabilidade das ações do setor imobiliário na Bovespa esta acima dos 200% em 24 meses. Repito...200%!! Você conhece alguém que ganhou isto investindo em imóvel real nos últimos 2 anos?

      Entre em contato com a Private Brokers e conheça mais sobre os investimentos no setor imobiliário via Bolsa.

Até a próxima dica de investimento!         

terça-feira, 19 de outubro de 2010

As melhores ações da Bolsa em cada Governo: FHC x LULA




Apartidário do debate pré-eleitoral, os Governos FHC e LULA apresentam situações no Mercado de Capitais semelhantes a política. Em alguns pontos continuidade, em outros, divergências; reflexos do momento econômico externo e interno, e das prioridades partidárias. Vamos analisar quais os setores mais valorizados na Bolsa de Valores durante cada Governo.

FHC

Setor de Telecomunicações – O setor passou por enormes transformações no seu Governo. A privatização da Telebrás transformou o País da telefonia por Orelhões, em ligações por Celulares, devido a quebra de monopólio e redução de custos.
Ações da Telebrás (TELB4) e PLIN4 ( atual NETC4) são uma das Blue Chips da Bolsa.

Setor de Commodities – Como grande exportador de matéria prima para o mundo, o setor também teve fortes avanços neste Governo. PETR4, VALE5 e GGBR4 foram algumas das ações mais valorizadas. Na ocasião também houve uma grande capitalização na Petrobras e Vale.

Setor Bancário (Grandes Bancos) – O projeto de estabilidade econômica, ocorrido durante este Governo, e a modernização do setor preparou os Bancos brasileiros para enfrentar crises e competir no Mercado internacional. O setor, apesar de algumas turbulências nas crises externas enfrentadas no período, se fortaleceu com a criação de normas mais rígidas para controle de risco e modernização dos sistemas bancários (meios eletrônicos de atendimento). Houveram grandes fusões e surgimentos de Grandes conglomerados financeiros.
Ações do Bradesco (BBDC4), Itaú (atual ITUB4) e Banco do Brasil (BBAS3), se transformaram em Blue Chips admiradas por estrangeiros.


LULA

Setor de Consumo doméstico – O setor alavancou o faturamento no seu Governo. As crises no Mercado externo foram compensadas com o crescimento do Mercado interno. O fator decisivo foi o crescimento do mercado consumidor na classe C, com mais empregos e distribuição de renda, via bolsa família, em regiões afastadas dos grandes centros. As grandes ações do setor abriram capital neste Governo, através do Novo Mercado. As rentabilidades das suas ações se transformaram em fenômenos na Bolsa.
Ações da Natura (NATU3), Marisa (AMAR3) e Hering (HGTX3) passaram de small caps de 2ª linha, para promessas de se transformarem nas grandes Blue Chips da Bolsa.

Setor de Construção Civil – O renascimento deste setor deve-se a queda nas taxas de juros, uma tendência global, e aumento da renda nas classes menos favorecidas. Construtoras populares viraram foco de aquisições por construtoras que antes só faziam obras para a elite.
Ações da MRV (MRVE3), PDG (PDGR3) e TENDA (incorporada pela Gafisa – GFSA3) rentabilizaram muito no 2º mandato do Governo.

Setor de Commodities – As tradicionais Blue Chips de commodities, como PETR4, VALE5 e GGBR4 também estiveram entre os motores do crescimento da Bolsa, principalmente no 1º mandato do Lula. A força do mercado consumidor Chinês, ávido por commodities, foi o principal influenciador das fortes valorizações. Neste ano de 2010 essas ações já não foram tão favoráveis quanto em outros anos.

Setor Bancário (Pequenos Bancos) – A continuidade do projeto de estabilidade econômica do Governo FHC consolidou nossos bancos no Mercado internacional. O setor passou pelas últimas grandes fusões ( ABN – Santander e Itaú-Unibanco) e restaram os pequenos bancos (Middle Cap) como foco de concorridas disputas pelos grandes conglomerados.
Ações do PINE (PINE4),  Banrisul (BRSR6) e BIC (BICB4) aumentaram muito o volume de negócios com a especulação de prováveis aquisições pelos grandes Bancos.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

A nova corrida pelo Ouro.


Olhando para a evolução do preço do ouro desde 2000 deparamo-nos com um crescimento regular que se acentua ainda mais nos útlimos 5 anos.

A crise da moeda americana fomenta a desconfiança no mercado global e aumenta a procura pelo Ouro. Pessoalmente, acredito que o preço do Ouro continuará a subir, atingirá valores muito interessantes nos próximos meses e que 2011 será semelhante a 2010.
A onça de ouro¹ tocou esta última terça-feira (12/10) um novo recorde histórico, ao negociar nos 1.065,65 dólares no mercado de Londres, depois de um novo recuo do dólar. ¹Uma onça (abreviada: oz, da antiga palavra italiana onza, agora escrita oncia) é uma unidade de medida inglesa de massa. Uma onça equivale a 28,349523125 gramas.

Quem comprou ouro há 10 anos vê ou ouro valorizado em 3 vezes e meia, quem comprou ouro há 5 anos terá triplicado o investimento, quem comprou há um ano vê o ouro a valer mais 50%. O mais interessante é que quem comprou no início do mês já tem o seu valor 7% acima.
O ouro tem destas coisas, está numa fase em que é tão bom para vender como para comprar. Quem tem ouro há muito tempo que o venda agora porque realiza mais valias fantásticas, quem tem cash para investir que o faça em ouro porque tem a garantia de valorizar o seu investimento numa matéria prima que sempre foi visto como uma segurança de patrimônio.

Como comprar ouro via Bolsa de Valores?

Gráfico do ouro à vista na BM&F mostra a evolução dos últimos 6 meses.
Ontem (14/10/10) fechou cotado à R$ 75,10 a grama. O código do ouro à vista na Bolsa é OZ1d (OZ, abreviação de "onza", que significa onça - medida de massa inglesa)


Há três formas de se adquirir ouro no mercado brasileiro na Bolsa de Mercadorias e Futuros. A mais comum é a compra do metal no mercado á vista. Mas o investidor também pode realizar sua compra através do mercado futuro e de opções.  Sem muita liquidez.
Os contratos do mercado futuro permitem a compra por um determinado preço fixo, em data definida. Porém, até o vencimento, os vendedores e compradores dos contratos devem ir pagando ajustes uns aos outros dependendo se o preço do metal está subindo ou caindo.
Nos contratos de opções, o investidor paga pelo direito de realizar a compra a um dado preço na data de exercício. Nos contratos de opção, o investidor não tem obrigação de comprar, ao contrário dos negócios do mercado futuro.

Hoje existem sete tipos diferentes de contratos de ouro na BMeF:
- Disponível padrão de ouro de 250 gramas;
- Disponível fracionário de ouro de 10 gramas;
- Disponível fracionário de ouro de 0,225 grama;
- Futuro de ouro 250 gramas;
- Opções de compra sobre disponível padrão de ouro;
- Opções de venda sobre disponível padrçao de ouro;
- Termo de ouro.

Os contratos disponíveis são os negociados no mercado á vista.