quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Quais os impactos no Mercado de Capitais com a morte de Kirchner?

O Mercado de Capitais reagiu a morte do ex-presidente Argentino, Nestor Kirchner, com altas nos títulos da dívida da Argentina e as ações do país cotadas na Bolsa de Nova York. As especulações de que os deputados de oposição vencerão as eleições do ano que vem e reverter as atuais políticas de gestão da dívida, analisadas por analistas como mais favoráveis para o Mercado. As ações argentinas negociadas em Nova York registravam a maior alta desde 2008.

A mudança que pode ocorrer na economia Argentina, deve-se a analise de que Kirchner implantou a mais severa reestruturação da dívida argentina desde a II Guerra Mundial antes de passar a presidência para sua mulher, Cristina Fernandez de Kirchner, em 2007. Suas ações fomentaram criticas por parte de economistas e políticos. Apesar da considerável melhora no PIB do País desde 2003, quando chegou a crescer próximo dos 10% ao ano, alguns críticos exaltam que não houve mérito, diante de uma conjuntura internacional favorável; assim como de um quadro econômico onde a Argentina vinha de uma queda de 20% no PIB, no período anterior.

“O grande mérito de Kirchner foi a renegociação da dívida externa argentina. Ele impôs liderança ao governo presidencial após o fragilizado governo do ex-presidente Fernando De La Rúa, com a crise de 2001, a moratória e o ‘corralito’. Porém, Kirchner não soube se adaptar aos novos tempos, e o país não se desenvolveu como os vizinhos”, diz o ex-economista-chefe da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Troster, argentino nascido em Buenos Aires, está no Brasil há mais de 30 anos

Alguns Analistas internacionais que operam títulos da dívida de países emergentes viam Kirchner como uma pedra no caminho para alguns indicadores de normalização. Os títulos argentinos denominados em dólar têm taxa 543 pontos-base maior que os títulos do tesouro americano. É o rendimento mais alto entre os países emergentes, atrás de Venezuela e Equador, segundo o índice referencial do JPMorgan EMBI+. A diferença entre os papéis americanos e argentinos caiu 39 pontos-base ontem, a queda mais forte em suas semanas.

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