segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Inflação pode valorizar algumas ações


As ações de algumas empresas costumam ser mais demandadas pelos investidores quando existe a expectativa de alta da inflação. Esse é o caso de concessionárias de serviços públicos, como energia elétrica, rodovias, telefonia fixa e saneamento. Os contratos assinados entre essas empresas e o governo permitem a aplicação de reajustes anuais das tarifas cobradas da população que de alguma maneira seguem a inflação.

Maior concessionária de rodovias do Brasil, a CCR, por exemplo, pode repassar anualmente o IGP-M para o valor dos pedágios cobrados nas estradas que administra no estado de São Paulo. Isso significa que ao mesmo tempo em que os paulistas terão de desembolsar mais dinheiro para viajar no próximo ano, a empresa terá aumento em suas receitas - o que é positivo para as ações.

Empresas que administram shopping centers ( exemplos: Iguatemi, BR Malls e General Shopping) ou outros tipos de imóveis também devem se beneficiar da inflação porque os aluguéis cobrados vão subir. Por outro lado, é preciso tomar cuidado com as empresas bastante endividadas, pois a alta da inflação deve levar o BC a elevar os juros para contê-la. Logo, as dívidas emitidas pelas empresas também ficarão mais caras e reduzirão os lucros obtidos e os dividendos distribuídos aos acionistas.

A correlação de inflação e remuneração da aplicação é muito maior na renda fixa do que na bolsa. Contudo, é bom lembrar que o Mercado acionário sofre diversos fatores de risco. Se o cenário econômico internacional piorar, é necessário adotar estratégias voltadas para o Mercado de baixa, para não perder dinheiro.

Pré-sal, Copa e Olimpíadas "blindam" economia do Rio.


A onde de violência no Rio de Janeiro tem repercussão internacional e impacto direto na economia da região. Não é fácil mensurar o tamanho do estrago, mas é possível afirmar que o comércio e o turismo são os primeiros setores atingidos.
Uma estimativa da Federação do Comércio do Rio de Janeiro (Fecomércio-RJ) aponta perdas de R$ 39 milhões por dia com lojas fechadas em 15 regiões castigadas pelos confrontos. O montante representa 11% do faturamento diário do varejo da cidade.
Cálculos para o turismo não são tão simples e objetivos assim. Se houver cancelamentos de quartos em hotéis, o prejuízo poderá ser calculado. Porém, o difícil é mensurar eventuais viagens que deixarão de ser feitas por turistas brasileiros e estrangeiros. O arranhão na imagem do Rio de Janeiro é inequívoco.
Entretanto, a atual escalada da violência urbana em nada altera as projeções econômicas favoráveis para a região. A próxima década será marcada por investimentos em infraestrutura para a Copa do Mundo, em 2014, e os Jogos Olímpicos, em 2016. Não faltará dinheiro público e privado - com papel decisivo do BNDES.
Sem falar, é claro, no peso que a indústria do petróleo tem no PIB da região e as perspectivas promissoras que o Pré-sal proporciona. Para muitos, é a grande oportunidade de o Rio de Janeiro resolver problemas sociais que se arrastam há décadas, cujo reflexo é observado nos morros.
É provável que boa parte dos ganhos de receita do governo estadual e municipal seja destinada à segurança pública – um desperdício de dinheiro na categoria do mal necessário. A violência urbana atrapalha e atrasa o desenvolvimento do Rio de Janeiro, mas não o inviabiliza. Na próxima década, pelo menos, a economia da região estará “blindada” pela Copa, pelos Jogos Olímpicos e pelo Pré-sal.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A História do ex-rei do Capitalismo.


Em fevereiro de 2007, O mercado financeiro americano teve o seu Baile da Ilha Fiscal. O motivo de festa era o aniversário de 60 anos de Stephen Schwarzman, controlador do fundo de private equity Blackstone. Mais que o aniversário, celebravam-se, ali, os feitos do homem mais poderoso de Wall Street. Seu fundo controlava empresas que faturavam 171 bilhões de dólares e tinham mais de meio milhão de funcionários. No ano anterior, o bônus de Schwarzman havia sido de 398 milhões de dólares, ou mais de 1 milhão de dólares por dia. E, dias antes da festa, ele concluíra a compra da companhia imobiliária Equity Office Properties por 39 bilhões de dólares. Limusines engarrafaram a Park Avenue, em Nova York, para despejar os 500 luminares convidados. Entre eles, os presidentes dos maiores bancos de investimento do mundo, todos também vivendo o auge de seu poder. Rod Stewart subiu ao palco (o cachê: 1 milhão de dólares); um recém-concluído retrato em tamanho real do aniversariante foi exibido. No mês seguinte, Schwarzman entrou com a papelada para a abertura de capital do Blackstone, que faria sua fortuna chegar a 10 bilhões de dólares. Quem viu nesses excessos todos um mau sinal acertou em cheio. Poucos meses depois da festa, o reinado de Schwarzman chegou ao fim. No ano seguinte, Wall Street inteira iria para o buraco.
A história de Schwarzman - do início modesto à queda, passando pelo breve período monárquico - é narrada no recém-lançado King of Capital ("O rei do capital"), escrito pelos jornalistas americanos David Carey e John Morris. Em 1985, Schwarzman juntouse a seu chefe no Lehman Brothers, Peter Peterson, para tentar aproveitar aquela que era a maior sensação de Wall Street nos anos 80: a onda de compras de empresas por fundos. Reinava absoluto, na época, o KKR, fundado por Henry Kravis. O KKR inventou a forma com que os grandes fundos ganhariam fortunas. Para comprar uma empresa, bastava entrar com um pouco de dinheiro, tomar o resto emprestado e, depois, usar o caixa da companhia comprada para pagar a dívida. Ao fim do processo - se tudo, claro, desse certo -, os fundos vendiam a empresa por um preço maior, e sem a dívida. Schwarzman foi um dos que viram na estratégia da KKR uma oportunidade única de ganhar dinheiro. Ao mesmo tempo, em Washington, David Rubenstein e dois sócios fundavam o Carlyle, com objetivo semelhante. Hoje, Blackstone, Carlyle e KKR são os maiores fundos de private equity do mundo.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Bretton Woods 2: O retorno do padrão-ouro

 
O ouro, que perdeu seu papel de padrão, nas trocas intenacionais há 40 anos, começa a desempenhar um novo papel na nova ordem mundial que será debatida por chefes de Estado de grandes países emergentes e desenvolvidos do G20, afirmou o presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick.

Em artigo publicado a três dias da cúpula do G20 em Seul, Zoellick afirma que o mundo precisa de um novo sistema para suceder ao que ele chama de "Bretton Woods II", o regime de trocas flutuantes em vigor desde o final, em 1971, da convertibilidade do dólar em ouro.
Segundo o presidente do Banco Mundial, este novo quadro "deveria incluir o dólar, o euro, o iene, a libra esterlina e o renminbi (iuane chinês)".

Mas "o sistema deveria também considerar empregar o ouro como um ponto de referência internacional ligado às previsões do mercado e de valor futuro das moedas", lançou o Financial Times nesta segunda-feira.

"A ideia é utilizar o ouro como um novo indicador de inflação", descreveu Cédric Tille, professor de economia no Instituto de Altos Estudos Internacionais e do Desenvolvimento de Genebra.

A onça do ouro subiu nos últimos dias a níveis nunca antes atingidos, ultrapassando pela primeira vez nesta segunda-feira o patamar de 1.400 dólares, sustentado pelo enfraquecimento do dólar suscitado pelo anúncio de medidas de retomada econômica do Federal Reserve americano (Fed, o banco central).

A ideia de "reintroduzir do ouro no sistema" não é, em si, mau, considera Jean Pisani-Ferry, diretor do 'think tank' europeu Bruegel.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Como comprar Milho via Bolsa de Valores?



Você esta vendo no gráfico acima o fantástico desempenho no preço do Milho neste 2º semestre. Como alternativa para diversificar o portfolio, o investidor tem a sua disposição contratos de commodities agrícolas, como o Milho, que ensino neste texto como operar.

O milho é uma commoditie negociada com contratos padrões, baseado na expectativa do preço futuro do produto em uma determinada data de vencimento. Os contratos de milho têm como vencimento na BMFBovespa os meses de Janeiro, Março, Maio, Julho, Setembro e Novembro. O mês vigente é Novembro, cujo código para acompanhar a variação de preços é CCMX10. Este é o código do Milho com referência no mercado físico a região de Campinas. As 3 primeiras letras (CCM) refere-se ao produto Milho, a letra "X" ao mês de novembro como vencimento, e o número "10" o ano do vencimento (2010).

1 contrato de Milho equivale à 450 sacas (cada saca tem 60kg). A Cotação do milho na bolsa é baseado no valor de 1 saca (60 kg). Exemplo: O Milho foi cotado ontem com um preço médio de R$ 27,40 (saca de 60 kg). 1 contrato = R$ 27,40 x 450 sacas = R$ 12.330,00. Este foi o valor financeiro de referência para 1 contrato. Assim como os demais contratos futuros, o milho não necessita do valor financeiro total para comprar, mas apenas uma margem de garantia (aproximadamente 8% deste valor). Esta margem pode ser em Ações, títulos públicos, CDB ou espécie. Além da margem de garantia, os contratos futuros apresentam ajuste de preço diário, sendo creditado ou debitado na conta do investidor, no 1º dia útil seguinte, a diferença de preço entre o preço de abertura e o preço de ajuste do dia. Isto diariamente até vencer o contrato, ou encerrar a posição.

Para maiores detalhes sobre o milho, escreva para um assessor da Private Brokers: fjlorenzo@ig.com.br

Até  apróxima dica!