sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Alexander Elder: "Investimento de Longo Prazo acabou."

No mercado financeiro, nada desperta mais amor e ódio do que a análise técnica. Quem gasta meses avaliando informações sobre uma empresa considera esoterismo a negociação de ações baseada em comportamentos-padrão visualizados em gráficos. Já aqueles que se aproveitam das tendências do mercado para lucrar com operações de curto prazo acham que é perda de tempo analisar os fundamentos de uma empresa.

Esta semana, um dos maiores gurus da análise técnica chega ao Brasil para colocar mais lenha na fogueira. Autor de livros como "Aprenda a Operar no Mercado de Ações: Come Into My Trading Room" e "Como se Transformar em um Operador e Investidor de Sucesso", o russo radicado nos Estados Unidos Alexander Elder faz duas palestras gratuitas na Expo Money São Paulo, a maior feira de finanças pessoais da América Latina.

Elder despreza todas as estratégias de investimento com exceção da análise técnica. Em relação à negociação de ações a partir de fórmulas matemáticas inseridas em um computador, uma das principais tendências no mundo desenvolvido, Elder afirma que essa é uma "fantasia" que está fadada a um fim breve. Já o investimento de longo prazo em bolsa seria um método antigo que "só funcionou para nossos avós".

Em relação à análise técnica, Elder não economiza elogios, apesar de muitas vezes soar evasivo como um político em campanha eleitoral. Ele não se arrisca a fazer previsões sobre a bolsa, não revela qual é a taxa de retorno de seus próprios investimentos e se irrita facilmente diante da insistência por respostas menos genéricas sobre estratégias que funcionam. Entre outras obviedades, diz que o trader precisa "limitar seu risco e manter um diário de suas operações".

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As Blue Chips dos gringos chegam ao Brasil!


A BM&FBovespa iniciará as negociações de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) Nível 1 Não Patrocinados no dia 5 de outubro, conforme comunicado enviado nesta quinta-feira (23).
A partir da primeira terça-feira do próximo mês, investidores brasileiros terão a possibilidade de adquirir recibos de ações estrangeiras. O primeiro lote envolverá o total de 10 empresas listadas em bolsas norte-americanas, são elas: Apple, Google, Bank of America, Arcelor Mittal, Goldman Sachs, Avon Products, Wal-Mart, Exxon Mobil, McDonald’s e Pfizer. A instituição financeira responsável pela emissão destes recibos será o Deutsche Bank.
Este tipo de certificado é um representativo de valores mobiliários emitidos por companhias listas em bolsas com sede fora do País. Assim sendo, a emissão e o registro são de responsabilidade da instituição depositária no Brasil, no caso, o Deutsche Bank.
Quem poderá investir?Apenas fundos de investimento, instituições financeiras poderão realizar este tipo de negociação. No caso de consultores de valores mobiliários e administradores de carteira, a operação só poderá ocorrer com a utilização de recursos próprios. Desta forma, pessoas física só poderão investir na nova modalidade através de fundos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Personagem do Mercado: Charles Dow, o mais famoso há 125 anos.


Nosso próximo personagem não possuía formação em finanças ou economia, tampouco trabalhava diretamente com a compra ou venda de ativos. Ainda assim, seu nome é talvez o mais pronunciado até hoje nos mercados. E por todos os mercados, há mais de um século.

Charles Dow era jornalista. Possuía uma coluna no The Wall Street Journal no final do século XIX. Na verdade, Charles Dow fundou o Wall Street Journal, uma das mais respeitadas publicações sobre o mercado financeiro. Dow também fundou, em sociedade com Edward Jones, o grupo Dow Jones & Company. Ainda assim, sua criação mais importante não foi nenhuma destas duas.

Dow era um estudioso do mercado. Tentava entender os movimentos de ações e títulos em uma época de pouco desenvolvimento do mercado de capitais norte-americano. Sua teoria tratava basicamente deste assunto, os movimentos do mercado. Mas Dow encontrou muita dificuldade em dimensionar tendências, até porque estas não eram similares para todas as variáveis, ou ações, estudadas.

Pela Teoria de Dow, o jornalista fez os mercados olharem de forma unificada para seu movimento diário, com a criação da mais importante proxy do mercado acionário internacional, o índice Dow Jones. Em sua forma principal, o Dow Jones Industrial Average apareceu em 1896. Mas a história do índice vem de antes. Vem do Dow Jones Averages, de 1884.

Um índice
Inicialmente, Charles Dow buscou aglomerar as principais ações negociadas na bolsa norte-americana e estipular uma média ponderada delas como forma de avaliar o movimento do mercado como um todo. Sendo assim, a primeira forma do índice Dow Jones englobava 11 ativos, sendo 9 papéis de ferrovias e 2 industriais. Era a época do boom das railways nos Estados Unidos.

Mesmo em um período em que o setor industrial ainda tinha pouco peso sobre a economia norte-americana, Charles Dow vislumbrava sua importância para o futuro. Apesar dos 2 ativos no Dow Jones Averages, acreditava que monitorar as ações do setor industrial era de extrema importância, pelo potencial de industrialização que a América apresentava no final do século XIX.

A partir daí, o Dow Jones Industrial Average foi oficializado em 1896, somente com ativos de indústrias. Sua primeira listagem continha apenas 12 ações, bem menos que as 30 blue chips que lista atualmente. Destas doze, a única que sobrevive no índice até hoje é a ação da gigante General Electric, a companhia fundada por Thomas Edison.

Mais que um índice
A notoriedade de Charles Dow vem mais pelo índice, mas também pelo Wall Street Journal. Para os mercados, no entanto, a Teoria de Dow atravessou séculos. Dow nunca a publicou ou escreveu qualquer livro diretamente sobre o assunto. Seus relatos nas colunas do WSJ fomentaram uma série de estudiosos da Dow's Theory a ir a fundo às ideias do autor.

O mais impressionante é que, assim como seu índice, sua teoria sobrevive até hoje. Basicamente, mostra que 125 anos depois o mercado continua caminhando de forma semelhante. As principais proposições de Charles Dow norteiam conceitos de análise técnica, precificação de ativos e filosofia do investidor.

Axiomas
Um de seus axiomas principais minimiza a capacidade dos agentes manipularem uma tendência de mercado. Segundo a Teoria de Dow - que consta no livro "The Dow Theory", de Robert Rhea -, não dá para manipular a primeira tendência do mercado. Para ela, somente movimentos de intraday e tendências secundárias podem ser guiadas pelo comportamento especulativo dos agentes.

O comportamento do volume, as reversões de tendência e suas proposições sobre os movimentos primários, secundários e terciários do mercado serviram de fundamentação para o desenvolvimento da análise técnica e seus suportes e resistências. Para Dow, uma tendência de mercado continua válida até ser revertida.

Noticiário antigo
Outra proposição básica de Dow é que as médias descontam tudo. Em sua visão, os mercados refletem todas as informações disponíveis nos preços, questão que depois seria desenvolvida pela hipótese de mercados eficientes. Segundo a teoria de Dow, os preços representam a soma total de desejos, medos e expectativas de todos os participantes do mercado.

A velha máxima do "sobe no boato, cai no fato" tem raízes em sua teoria, para quem os mercados sempre olham para frente; ou seja, o que está no noticiário é passado.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Personagens do Mercado: Ficção ou Realidade? (Continuação)


O nosso personagem de ontem foi o fictício Gordon Gekko, do filme Wall Street, cuja matéria pode ser lida neste blog. Hoje vamos falar de um personagem real, que virou ficção: Nick Lesson. Ele virou o personagem protagonista do filme "A Fraude", tendo a  sua história contada e interpretada pelo ator Ewan Mcgregon. 
A trajetória do operador Nick Leeson realmente é digna de filme. Além de uma das mais famosas fraudes da história dos mercados, o caso mostrou como um mero empregado poderia levar o mais antigo banco de investimentos da Inglaterra, o Barings, à ruína.

Mais que a atuação irregular de um trader no mercado futuro, o caso revelou algumas das inúmeras brechas que o sistema financeiro apresenta, além de expor a rotina de cobrança e interesses que alimenta a busca desenfreada por retornos, muitas vezes ignorando riscos.

Leeson começou como operador no banco Coutts, na primeira metade da década de 1980. Rodou por diversos bancos até conseguir um posto de operador do Barings, uma instituição de atuação histórica, fundado em 1762. Leeson foi transferido para Cingapura, para ativar uma cadeira que o Barings possuía na Singapore Monetary Exchange, para operar no mercado futuro da região.

Conta 88888
O primeiro flerte de Leeson com uma operação ilegal não partiu de sua ganância, mas de um erro de uma colega de trabalho inexperiente. Segundo consta em sua autobiografia, "A história do homem que levou banco Barings à falência", a funcionária havia vendido vinte contratos que deveria comprar, o que causou uma perda próxima de £ 20 mil à instituição.

Para encobrir o erro, Leeson utilizou uma das contas erro do Barings, utilizadas para corrigir diferenças de negociação. A partir daí, Leeson criou a famosa conta erro de número 88888, que passou a usar para esconder os prejuízos de suas operações.
Risco, mais risco
Com a possibilidade de encobrir seus prejuízos, Leeson passou a tomar posições cada vez mais arriscadas. Quando perdia, encobria o prejuízo na conta 88888; mas seus ganhos começavam a chamar a atenção da alta cúpula do Barings. As ordens de Leeson garantiam alguns retornos substanciais ao Barings, chegando a faturar mais de £ 10 milhões para a instituição em 1992.

Seduzida pelos ganhos, a administração do Barings passou a estimular as operações de Leeson, oferecendo bônus milionários a cada aplicação de sucesso do operador. Os prejuízos da conta 88888 passavam a se multiplicar, chegando a cerca de £ 210 milhões em 1994.
Mas Leeson sempre via sua próxima tacada como a oportunidade de cobrir o rombo da conta 88888, o que levava a tomar mais e mais risco. Em uma destas operações, apostava na manutenção da tendência de alta dos mercados asiáticos na sessão seguinte. Mas o acaso colocou à sua frente um terremoto de 7,3 graus de magnitude que devastou a cidade japonesa de Kobe e derrubou as bolsas da região em 17 de janeiro de 1995.

A tacada final
A aposta errada aumentou substancialmente o prejuízo. Leeson não parou por aí e assumiu posições que indicavam uma recuperação rápida do índice Nikkei 225. Neste período, o operador movimentou mais de 20 mil contratos, enquanto as perdas registradas na conta 88888 bateram aproximadamente US$ 1,3 bilhão.

Para se ter uma ideia, quando os gestores do Barings descobriram a fraude, este valor superava o capital e reservas em posse do banco, o que representou a insolvência da instituição de 235 anos. Pelo simbólico valor de £ 1, o holandês ING assumiu o Barings em fevereiro de 1995.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Personagens do Mercado: Ficção ou Realidade?


O Nosso personagem de hoje é o fictício Gordon Gekko, interpretado nos cinemas pelo ator Michael Douglas, protagonista do filme Wall Street (1987) e antagonista na continuação que estréia esta semana, Wall Street Money Never Sleeps (2010).

No filme, Gekko é um investidor inescrupuloso e ganancioso, o esteriótipo do "tubarão" de Wall Street. O mesmo utiliza o seu poder financeiro para manipular pessoas, como o seu Corretor e "aprendiz" Bud Fox ( Charlie Sheen ), visando obter informações privilegiadas para a compra de ações. Através de "insider trandings" Gekko obtia excelentes lucros na Bolsa, mas prejudicava todos os demais investidores do Mercado, como o rival Sir Lawrence Wildman, além dos funcionários das empresas com ações adquiridas.

Gekko é um personagem fictício, mas com semelhantes em Wall Street. Um deles é Milken, conhecido como "Junk Bond King", na década de 80, ele teve 98 acusações de extorsões e fraudes em 1989.

O personagem interpretado por Michael Douglas foi também referenciado em outubro de 2008 pelo primeiro-ministro australiano Kevin Rudd, em seu discurso sobre a  crise no Mercado Financeira, intitulado "As crianças de Gordon Gekko". Na ocasião Rudd afirmou: "É talvez o momento de admitir que nós não aprendemos as lições completas da cobiça, e hoje ainda estamos limpando a bagunça das crianças de Gordon Gekko."

Envie a sua história que publicaremos no Blog.

Abraços e até o próximo personagem da Bolsa.

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Histórias da Bolsa



Aos 21 anos, Fernando Santos hoje é sócio da Private Brokers Investment Solutions sendo responsável pelas operações com renda variável dos seus clientes. A história como Fernando iniciou seus investimentos em bolsa já rendeu inúmeras reportagens na mídia, como a publicada pelo Estadão em Agosto de 2009 "Dá aula para o pregão". Graduando em economia, Fernando começou a operar aos 16 anos investindo uma herança da família. Autodidata, leu dezenas de livros sobre o Mercado de Capitais, mas não esquece o primeiro que ensinou as lições iniciais."Li em três dias um manual de 200 páginas sobre o mercado. Me cadastrei no site de um banco comecei a comprar e já no primeiro dia rendeu 4%. Passava o recreio na biblioteca da escola checando cotações." O cadastro chegou a ser bloqueado quando o banco descobriu que ele tinha menos de 18 anos. "Me emancipei para continuar" Comenta Fernando.

Os investimentos de Fernando já renderam frutos. "Hoje tenho um patrimônio de um brasileiro na faixa de 30 anos. Inclusive consegui realizar o sonho de ter a minha própria marca de investimentos, muito antes do que imaginei."

Hoje Fernando Santos dedica 10 horas do seu dia a realizar os sonhos de outras dezenas de brasileiros que, muitas vezes, estão começando a investir muito mais tarde do que ele mas esperam também atingir os mesmos objetivos financeiros que ele conquistou.

Escreva para nós que o Fernando Responderá.

Acompanhe todos os dias novas histórias com personagens da Bolsa no nosso Blog.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Apresentação

Blog Private Brokers           

Hoje começamos nosso blog, aqui queremos compartilhar, idéias, sugestões, relatar eventos do mercado,e muitos outros assuntos relacionados ao mundo financeiro.
                                   
Antes, de começar, queremos nós apresentar, a Private Brokers foi criada para traduzir o mercado de ações para você. Disponibilizamos canais de atendimento para esclarecer dúvidas e transmitir informações importantes.

A Private Brokers atua na intermediação de recursos por meio de uma assessoria financeira especializada buscando atender a demanda individual de seus clientes através da construção de uma sólida relação de longo prazo ancorada na confiança e compromisso mútuos.    

Exclusividade
Cada cliente tem uma necessidade diferente e merece um atendimento individualizado e exclusivo. Para tanto, entendemos as necessidades de cada um e a partir  daí buscamos entre os melhores investimentos o produto ideal para o nosso cliente.

Como se tornar um cliente ?
Caso você tenha interesse em conhecer mais de perto nossos produtos e serviços, marque uma visita que o nosso consultor vai até você.

Obrigada,
 Equipe Private Brokers, Traduz o mercado pra você.